domingo, 30 de maio de 2010

mam-ba: retrospectiva videobrasil + exposição 'êxtase'. marco paulo rolla.




> p/ alimentar: videoarte + performance + artes plásticas

pessoal,
vamo junto? uma boa para investigarmos nosso processos imagéticos/audiovisuais:
retrospectiva de trabalhos premiados do videobrasil no mam (29/05 a 17/06!
e 31/05, abertura da exposição do performer mineiro marco paulo rolla. vamo colá lá!

http://www.mam.ba.gov.br/?page_id=1650
http://www.videobrasil.org.br/blog/

GLAMOUR E APOSTA

KHAMSA –filme exibido na mostra

O roteiro que desmonta a idéia em mim de CIGANOS, povos genéricos e nômades

numa história de desgaste e violência do GLAMOUR em nem sei o que? Deixo a APOSTA

EssaS palavraS que descem a avenida 7 e sobem a carlos gomes às poucas das madrugadas....

Tragos e luz.....

Desmonta o nomadismo andante de rodas no bagageiro, guitarra e cordas na música e nas casas e FIXA nuns traillers suburbanos....

Acampamento e aposta, um tipo de fixidez violenta, que espreita a cidade e faz esconderijo, seus arredores,

quando entra e move-se, o faz veloz numa mobilete e violenta ela e ele,

ela - cidade - pistas em garupas ladroeiras;

ele, criança pequena embedida em álcool e rinhas, de galo e canivetes

tragadas em duros secos e amargos goles

rum e cerveja que escorrem pelos cantos da boca

judiam em caretas

e fazem o vômito bater na boca e rojar pela janela e trailler

ali o canti faz só a cobra aprisonada, o rato refém, o galo sonho de vitória, a velha moribunda e a criança órfã

estou tragada e triste por este triller

falemos com cuidado sobre eles, que são tão outros e em nada os conhecemos

no táxi de volta e agora tangenciando a avenida 7,

escolhemos vir pela centenário,

sós, eu e maycira tínhamos pouca chances numa aposta via bus e carlos gomes

no táxi, outra história, ciganos e subúrbio, simões filhos

no triller filhos de ciganos

e eu cá

em desgosto e desmonte, sem glamour nem palmas festivas

só um carrinho velho empurrando lata e dinheiro pouco,

e agora será? o trailler do filme ou a avenida 7 mesmo, razão da tangencia e do perigo

um anão protetor e doente cutuca meu incômodo e eu os convido para este flagrante....

é OUTRA OUTRA coisa.....

brabeira mesmo


LINK DO TRAILER:

http://mais.uol.com.br/view/a56q6zv70hwb/trailer-do-filme-khamsa-04023464D0B93366?types=A&


sexta-feira, 28 de maio de 2010

ANOT.(AÇÕES)


perfur.(AÇÕES)

relações entre tauromaquia e flamenco



http://oglobo.globo.com/blogs/moreira/posts/2010/05/21/toureiro-chifrado-no-rosto-em-madri-293660.asp

pessoal,

meu olhar não se sustenta, desvio, fecho o oolho, olho rápido, mas retorno e o incômodo da violência faz a dúvida do envio....

mas pensei na tangencia que falávamos,
quando aquele infinitesimal instante do roçar falha e perfura
as frações sub-atômicas, sub- micro- nano do tempo ..... que evita ou fulmina a morte

aí na chifrada,
precipitação sem mais possibilidade de desvio....
tangencia na linha de fuga e de morte

é um instante de eminência e lidar com o risco talvez seja encontrar o lugar de "coragem" até mesmo para encarar estas imagens
ainda que as consideremos somente parte de um processo e

indigestas demais para a configuração que vamos assumir no trabalho

"perfurações"

até breve
cacá

terça-feira, 25 de maio de 2010





primeiros encontros... esboço de idéias... mapeamentos gráficos...

...desfocar o flamenco...


como “desfocar” o flamenco dos moldes tradicionais de percepção? como “atualizar” o que é considerado tradicional e “engessado” numa cultura a partir de um olhar contemporâneo? como traduzir um corpo flamenco e as práticas culturais associadas a ele por outras lentes? em que o vídeo e a performance podem contribuir para a construção de um discurso do corpo? essas são algumas das questões mobilizadoras do processo de criação do espetáculo DESPLANTE com estréia prevista para novembro de 2010 na cidade de Salvador, Bahia.

para "desplantar" coletivamente...


o projeto DESPLANTE vem de um desejo meu como bailaora flamenca, performer e mestranda em dança pela UFBA em “esgarçar” as fronteiras do flamenco, em deslocá-lo dos moldes tradicionais de percepção, em investigar diferentes corporalidades a partir de sua estética e dos contextos de suas práticas culturais, propondo um cruzamento entre flamenco, dança contemporânea, performance, butô, artes visuais...

para isso, convidei dois performers - Isaura tupiniquim e Tiago Ribeiro – profissionais da dança contemporânea e da performance, com formação em dança pela UFBA - e que não são dançarinos de flamenco - para investigarmos juntos alguns princípios do flamenco, bem como suas diferentes condições de ocorrência, de maneira que as associações que fazemos extrapolem o próprio limite do que venha a ser considerado flamenco, dando espaço a produção de subjetividades e traduções singulares.

interessada pelo trânsito entre dança, performance e artes plásticas, convidei também três artistas do campo das artes visuais, da música experimental, do urbanismo e da arquitetura: a designer, urbanista e artista plástica Cacá Fonseca, o arquiteto e urbanista Pedro Britto e o músico Mateus Dantas – que também não é um músico de flamenco, mas interessa-se pela música experimental, pelos experimentos de Walter Smetak e pela composição musical em tempo real na relação entre som e objetos. para contribuir nessa “depuração” flamenca, convidei também o cubano Miguel Alonso, bailaor flamenco que vive no Brasil(SP), “maestro” que me apresentou o flamenco lá nas Minas Gerais... na iluminação, convidei Miliane Mattos, e na produção, Paula Carneiro - ambas profissionais da dança, que com seus olhares sensíveis também vem atuando de modo colaborativo neste projeto.

situados exatamente nos limites das fronteiras culturais, batemos tudo no liquidificador e estamos num processo de “chacoalhar”, “triturar”, “socar”, “esmiuçar”, “esmigalhar”, “coar”, “coalhar”, “filtrar”, “fritar”, “depurar” nossos diferentes “flamencos” – se é que podemos manter esse nome num trabalho tão experimental como esse... esperamos que esse blog seja um canal de escoamento, troca, agenciamento, partilha, fomento das informações desse processo de investigação em dança e de futuros outros que dele poderão se alimentar. “olé”!