sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

:SOBRE DESPLANTE: ENTRE EL PROCESSO Y LA CONFIGURACIÓN








DESPLANTE é um espetáculo-instalação que se situa num “entre-lugar”: performance, dança, artes visuais e música experimental, onde o corpo e suas ações são imagens produtoras de discursos singulares e performativos. A estréia de Desplante será no dia 19 de janeiro de 2011 na Galeria Subsolo no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA)e fica em temporada até o dia 30 do mesmo mês.

O trabalho parte de um convite/desafio da bailarina flamenca Laura Pacheco para artistas contemporâneos de formações diversificadas, na qual propõem que cada um “traduza”, à sua maneira, o Flamenco - manifestação artística de ciganos andaluzes da Espanha – e que juntos componham artisticamente uma configuração artística a partir da relação entre tradição e contemporaneidade, de modo a deslocar e desestabilizar os moldes convencionais de percepção, criação e relação com o flamenco.

A partir do contato – na maioria das vezes, distante e estranho, outras vezes, um pouco mais próximo com a arte cigana, em geral - emergem traduções culturais singulares, performativas, contemporâneas, e que, acima de tudo, revelam sinceras intensidades no modo de cada um perceber e “traduzir” como esta arte lhe afeta.

Num âmbito onde tradição e contemporaneidade tentam dialogar, emergem tensões próprias de um ambiente transcultural onde as diferenças se dilatam. Diferentes visões de mundo chocam-se e buscam-se dialogar, coexistir, compor coletivamente. Desenham-se sobreposições, ocupam-se espaços intervalares. Um mosaico de interpretações, percepções e afetos entram no fluxo ininterrupto das informações acerca do que é, do que foi ou do que venha a ser o flamenco de/para cada um.

Consenso? Não, não temos a ilusão de alcançá-lo. Somos muito diferentes. Acordos? Sim, isso sim é possível. Cada um com seu olhar, com seu corpo, com sua lógica organizativa constrói e ocupa espaços-tempos possíveis em Desplante. Desplantando-nos, mas sem perdermos o foco, vamos, pouco a pouco, construindo nosso Desplante.


OBS. DESPLANTE, no flamenco, vai além de um mero “passo” de dança - denota uma ação de movimento, um comportamento (de caráter explosivo) que remete a uma ação contrária a que lhe antecede, como uma espécie de distorção ou ainda uma reação à intenção/ação anterior; como se quebrasse alguma “harmonia”. A palavra DESPLANTE, em português, no Brasil, é uma expressão popular que remete a uma ação cotidiana. Seria algo como um “desaforo” ou uma “desfeita". Um DESPLANTE, no flamenco, soa também como algo a ser admirável, na medida em que esta ação significa a afirmação de uma vontade pessoal, de algo que se quer muito, mesmo que para isso seja necessário afirmar-se de forma contrária ao desejo do outro.


DESPLANTE (en espanõl)

Desplante és un espectaculo-instalación que ocupa un “entre-sitios”: performance, danza, artes visuales, música experimental, donde el cuerpo y las acciones són imagenes que produzen discursos singulares y performativos. La estrena del Desplante será en el dia 19 de enero de 2011 en la Galeria Subsolo no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA)y está en temporada hasta el dia 30 del mismo mês.

El trabajo parte de uma invitación/desafio de la bailaora flamenca Laura Pacheco para artistas contemporâneos de formaciones distintas, donde se propone que cada uno “traduzca”, à tu manera, el Flamenco - manifestación artística de gitanos andaluzes de España – y que juntos componem artisticamente una configuración artística a partir deste tema, de manera a deslocar y desestabilizar os modelos convencionais de percepción, criación y de relacción con el flamenco.

A partir del contacto – en la mayor parte, distante, y otras vezes, un poco más íntimo con a arte gitana, de modo general - emergen traduciones culturales singulares, performativas, contemporâneas, y que revelan sinceras intensidades en el modo de cada uno percebir y “traduzir” como esta arte los afecta.

Donde la tradición y la contemporaneidade intentam dialogar, emergem tensiones inerentes de un ambiente transcultural donde las diferencias se dilatan. Diferentes visiones del mondo se rompen u intentan dialogar, coexistir, componer coletivamente. Dibujan-se sobreposiciones, ocupan-se espacios intervalares. Un mosaico de interpretaciones, percepciones y afectos entran en el fluxo ininterrupto de las informaciones acerca de lo que que sea, de lo que fué o de lo que venga a ser el flamenco de/para cada uno.

Consenso? No, no tenemos la ilusión de alcançar-lo. Nosotros somos muy diferentes uno de los otros. Acordos? Si, eso si és possíble. Cada uno com tu mirada, con tu corpo, com tu lógica organizativa constróe y ocupa espacios-tiempos possibles en el Desplante. Desplantando, pero sin perder el foco, vamos, poco a poco, construiendo nuestro Desplante.

OBS. DESPLANTE, en el flamenco, vá además de um “paso” de danza – és uma acción de movimiento, um comportamiento (de característica explosiva) que remete a una acción contrária a la que la antecipa, como um tipo de distorción o una reacción a la intencion/acción anterior; como se rompera una supuesta “harmonia”. La palabra DESPLANTE, en português, en el Brasil, és una expressión popular que remete a una acción cotidiana. Seria algo como un “desaforo” ou una “desfeita". Un DESPLANTE, en el flamenco, suena también como algo a ser admirável, em la medida en que la acción significa una afirmación de una voluntad personal, de algo que se quiere mucho, mismo que para eso sea necessário afirmar-se de forma contrária a el desejo del outro.

obs2. a los amigos que conocen mejor el idioma español que yo, favor ayudarme con mis errores en el idioma...!! lo que me importa es COMUNICAR!! :)

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