KHAMSA –filme exibido na mostra
O roteiro que desmonta a idéia em mim de CIGANOS, povos genéricos e nômades
numa história de desgaste e violência do GLAMOUR em nem sei o que? Deixo a APOSTA
EssaS palavraS que descem a avenida 7 e sobem a carlos gomes às poucas das madrugadas....
Tragos e luz.....
Desmonta o nomadismo andante de rodas no bagageiro, guitarra e cordas na música e nas casas e FIXA nuns traillers suburbanos....
Acampamento e aposta, um tipo de fixidez violenta, que espreita a cidade e faz esconderijo, seus arredores,
quando entra e move-se, o faz veloz numa mobilete e violenta ela e ele,
ela - cidade - pistas em garupas ladroeiras;
ele, criança pequena embedida em álcool e rinhas, de galo e canivetes
tragadas em duros secos e amargos goles
rum e cerveja que escorrem pelos cantos da boca
judiam em caretas
e fazem o vômito bater na boca e rojar pela janela e trailler
ali o canti faz só a cobra aprisonada, o rato refém, o galo sonho de vitória, a velha moribunda e a criança órfã
estou tragada e triste por este triller
falemos com cuidado sobre eles, que são tão outros e em nada os conhecemos
no táxi de volta e agora tangenciando a avenida 7,
escolhemos vir pela centenário,
sós, eu e maycira tínhamos pouca chances numa aposta via bus e carlos gomes
no táxi, outra história, ciganos e subúrbio, simões filhos
no triller filhos de ciganos
e eu cá
em desgosto e desmonte, sem glamour nem palmas festivas
só um carrinho velho empurrando lata e dinheiro pouco,
e agora será? o trailler do filme ou a avenida 7 mesmo, razão da tangencia e do perigo
um anão protetor e doente cutuca meu incômodo e eu os convido para este flagrante....
é OUTRA OUTRA coisa.....
brabeira mesmo
LINK DO TRAILER:
http://mais.uol.com.br/view/a56q6zv70hwb/trailer-do-filme-khamsa-04023464D0B93366?types=A&
cacá,
ResponderExcluirnão vi o filme ainda, terça iremos lá. mas consigo te alcançar num ponto em que eu mais temo - e vejo - e q temos que conviver, numa capital brasileira como salvador: a dureza, a aspereza, a secura crua da vida, que bate na sua cara, e satura todo dia. aquela parte que a gente menospreza porque não digere... porque se sente impotente, porque sabe q é gente também, porque pensa q não vai dar conta... é a opacidade mesmo, a vida sem brilho nem glamour... um buraco negro trágico ou ainda o fosco que a gente não vê nas festas, nem nas palmas dos ciganos e de outros tantos à margem..., senão pela densidade do tocar uma mão na outra a ponto de produzir alguma musicalidade, alguma força, alguma reverberação... em palmas ou somente numa voz pouca e rouca... de um corpo que, apesar dos pesares, é capaz de cantar sua tragédia, como num lamento, uma ladainha, ou ainda num cante flamenco. e fazer do trágico presente um momento de celebração... seria isso uma arte da performance? essa que não representa, essa que não separa arte e vida, pois é o próprio presente?
amiga, vi o filme hoje: KAMSA. preciso digeri-lo melhor... um corpo abandonado + risco = um corpo armado e sem glamour. risco e ritmo. estamos no caminho...
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