segunda-feira, 5 de julho de 2010

continuidade intensa: reflexões sobre...

A gota d’ água evocada por Bibi Ferreira... E “Basta um dia” para uma nova possibilidade de conexão tão intensa como a energia que envolve o universo flamenco e a interpretação da atriz, da obra de Chico...

Um Desplante dos paradigmas estéticos que explode/alarga o trânsito entre as linguagens.

Fico pensando sobre a intensidade do corpo flamenco dos cantes mais sofridos em caras bocas “facas” e dores horrores... Nas circunstâncias que encontramos esse estado de corpo nas situações da vida nos dramas da vida, tão bem disposto nos filmes de Almodóvar. E chego imediatamente à tragédia: da morte do boi e o êxtase do toureiro, a Tauromaquia o espetáculo.

Vermelho sangue!

O limiar entre profunda dor e alegria eufórica poderia sugerir uma dramaturgia de movimento para investigação do Desplante? Penso na voz e no trabalho do ator, nos barracos armados entre os moradores do Pelourinho ao som de Roberto Carlos. Lembro-me também de “Encarnado” espetáculo da Lia Rodrigues que atinge o ápice expressionista do grito na vermelhidão enjoativa do catchup. Ou Hooman Sharifi que extrapola as possibilidades narrativas do gesto em “Deus existe a mãe está presente, mas eles não se importam mais”.

Reflexos de imagens que emergem como referenciais possíveis para configurar no trabalho, estados de corpo denso/ intenso.

4 comentários:

  1. isa, hoje, relendo seu texto, reconheço q as referencias q vc propoe com elementos com o "universo flamenco" de bibi ferreira e chico buarque em gota d água... fantástico! com encarnado de lia rodrigues, o vermelhos sangue... e a sua pergunta pra mim é fundamental para se direcionar o procseso atualmente em relacao a nossa corporalidade: o limiar entre a profunda dor e a alegria eufórica poderia sugerir uma dramaturgia de movimento para investigação do Desplante? penso que sim!

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  2. vamos ver esse trabalho q vc fala de hoomam sharif juntos?

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  3. então wagner,
    tudo bem?
    no contexto do texto, pensava diretamente na relação do corpo que dança o flamenco, que vive o acontecimento flamenco e tem isso quase como "ideologia de vida"... aquele que configura passos prontos com potência sonora, que reage profunda e intensamente ao canto (no sofrimento e euroria explícitos nos gestos) que mantém / transforma uma tradição popular.
    acho q isso!
    abs

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