segunda-feira, 5 de julho de 2010

reflexões do processo

O experimento até então, parecia se encontrar no lugar de incidência da diferença pela semelhança ou regras do jogo, trabalhava as especificidades discursivas de cada corpo com as mesmas ações, sugerindo espacialidades pré-estabelecidas e “acordos cênicos” imprevisíveis. Com a mudança dessas regras na investigação, o processo recaiu sobre estratégias compositivas que acionam principalmente princípios coreográficos de cada corpo, sem, no entanto deixar de lado aquele jeito de organizar que prevê a contaminação ou o “mesmo movimento” para todos.


Essa narrativa criada pela relação dos corpos no espaço configura performances performativas geradas pelo encontro da diversidade simbólica de cada corpo cultura. Dessa forma, articular os discursos dos corpos sobre o infinito particular do flamenco e confluir essas diferentes estratégias num só trabalho requer acordos cuidadosos durante todas as composições cênicas.

Refletindo sobre o leque de probabilidades que o cruzamento entre as linguagens que a dança e a performance oferecem, acredito haver nesse trabalho uma abertura para estados explosivos, dilatados, silenciosos, continuamente densos mesmo que vibrantes. E diante do andamento do processo, do recorte dado a cada corpo, proponho um debruçar redobrado na vivencia do instante que implode / explode a excitação do desplante, e após o enfrentamento com o chão... o choro o cante o grito... o oléeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee.

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